Eu, alguns anos atrás, ainda na 7ª série do
ensino fundamental, ouvi de minha professora de Português a incrível história
de que era possível domesticar pulgas. Contou-nos então sobre as “técnicas” dos
lendários circos de pulgas. Segundo ela, para se adestrar pulgas de circo era
necessário domá-las em seus saltos e, para isso, bastava um espaço onde
pudessem pular livremente, com uma cúpula, porém, sobre elas e que as impedisse
de saltar além de uma determinada altura. Com o tempo, segundo ela, as pulgas se
cansariam e “acreditariam” que aquela altura delimitada era, de fato, o limite
da capacidade de seu salto. E então, sob alto sugestão, não saltariam mais alto
do que aquilo.
Em 1543, Nicolau Copérnico, um padre
matemático, considerado o fundador da astronomia moderna, sugeriu em sua teoria
a possibilidade de nunca ter havido uma cúpula sobre nós. A terra, nosso
planeta, segundo o Padre, seria completamente descoberto, nu. Essa teoria não foi
nada bem-vinda pelos pensadores de sua época. Pois, uma vez que há a possibilidade
de não haver cúpula sobre a terra, nascia também à dúvida: Poderia também nunca
ter existido um adestrador?
No ano olímpico de 1993, o atleta cubano
Javier Sotomayor saltou a fantástica altura de 2,45 metros de altura, marcando
o recorde mundial para o salto mais alto do mundo. Já em 2011, no dia 23 de
novembro a agência espacial da NASA enviou para Marte um robô-fotógrafo com o
nome de Curiosity no objetivo de avaliar o potencial de Marte para abrigar vida
no presente e no passado.
Ainda na 7ª série do fundamental, já na aula
de Biologia, ouvi a professora dizer, na explicação sobre mutações genética, a
real possibilidade de mudanças corpóreas drásticas que poderiam acontecer sobre
os seres vivos do nosso planeta. Uma vez que um ser vivo fosse condicionado a
uma alteração no seu meio de vida e passasse a viver nesta determinada
condição, sem poder alterá-la, havia a chance de, a partir da oitava geração,
aquele comportamento de sobrevivência ser parte integrante da genética daquela
espécie.
Então me lembrei do lendário circo na aula de
Português e pensei: se a partir da oitava geração de pulgas adestradas faria
diferença a existência de cúpulas ou não...
Que bom ler novamente seus textos aqui no blog. Que outras pulgas transcendam. Abração.
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